Desde o início da pandemia, muito tem sido discutido sobre a imunidade adquirida após a infecção pelo COVID-19.
No entanto, à medida que o tempo passa, surgem relatos de casos de reinfecção, levantando questões sobre a duração da imunidade e a capacidade do vírus de escapar da resposta imunológica.
A reinfecção pode ocorrer tanto em pessoas que apresentaram sintomas leves ou assintomáticas quanto naquelas que tiveram uma doença mais grave anteriormente.
Atualmente, estima-se que mais de 50% da população global tenha sido contaminada pelo Sars-CoV-2.
Embora muitas pessoas se recuperem da doença e desenvolvam uma resposta imunológica, há relatos de casos em que indivíduos foram infectados novamente em diferentes partes do mundo, com sintomas muito mais fortes e agravantes.
Quando a pandemia se disseminou pelo mundo, tínhamos a expectativa de que a infecção conferiria imunidade a longo prazo, nos libertando dela permanentemente, mas não foi exatamente assim.
Principais causas
Existem várias razões pelas quais a reinfecção pode ocorrer. Em primeiro lugar, o vírus SARS-CoV-2 é altamente mutável, o que significa que novas variantes mais evasivas podem surgir ao longo do tempo, como a ômicron que foi detectada na África do Sul em 2022, e considerada a variante mais transmissível e preocupante do coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas variantes podem ter modificações em sua estrutura que evitem parcialmente a resposta imunológica desenvolvida durante a infecção inicial. Isso torna possível a infecção por uma nova cepa do vírus, mesmo que a pessoa já tenha sido infectada anteriormente.
A tendência é que ao longo do tempo, o vírus irá progressivamente perder sua agressividade, causando manifestações semelhantes às de um simples resfriado, principalmente em pessoas que já receberam a vacina.
Segundo a OMS, a maioria das recentes admissões hospitalares causadas pela variante é composta por indivíduos não imunizados. Corre mais risco as pessoas idosas, com comorbidades e as que não se vacinaram porque nas áreas com alta taxa de transmissão de contaminação da covid-19, a variante ômicron se espalha rapidamente, sem precedentes.
Sintomas
Algumas pessoas podem apresentar sintomas mais leves em comparação com a primeira infecção, enquanto outras podem desenvolver sintomas mais graves.
Quadros graves de reinfecção foram mais frequentes entre os que apresentaram complicações na primeira vez infectados.
É importante ressaltar que a reinfecção não é necessariamente mais grave do que a infecção inicial, mas existem casos em que a reinfecção pode levar a complicações mais sérias.
Prevenção
Diante disso, as medidas de prevenção continuam sendo fundamentais para evitar a disseminação do vírus. A vacinação desempenha um papel crucial na proteção contra a reinfecção, uma vez que estimula uma resposta imunológica duradoura e que ajuda a fortalecer o organismo proporcionando maior proteção contra o vírus e suas variantes. Isso inclui o uso de máscaras, mesmo que não seja mais obrigatório utilizá-las em lugares públicos principalmente se houver sintomas de gripe ou resfriado, tentar o máximo possível manter o distanciamento social, fazer a higienização frequente das mãos e cumprir as diretrizes de saúde pública. Manter uma rotina de sono, alimentação equilibrada e exercícios físicos faz toda a diferença na imunidade.