“Sintoma” no sono que pode ser sinal de demência

 

Sonhar é normal, mesmo que nem sempre lembremos o que aconteceu durante o sono. Quando o sonho é ruim, há chances de acordarmos assustados durante a noite, o que deixa a situação ainda mais desconfortável. Um novo estudo indicou que ter pesadelos com frequência é ainda pior do que imaginávamos: pode ser um sintoma precoce de demência.

Um estudo publicado no periódico eClinicalMedicine analisou os pesadelos de pessoas saudáveis e os correlacionou com chances de desenvolver demência. Isso porque, segundo o pesquisador Abidemi Otaiku, os sonhos são uma forma de entender sobre a saúde no nosso cérebro.

Estudo analisou pesadelos de mais de 3 mil pessoas sem demência

O estudo começou em 2002, com dados de três estudos sobre saúde e envelhecimento nos Estados Unidos. No total, foram 600 pessoas de 35 a 64 anos e 2600 pessoas com 79 anos ou mais. Eles tiveram que preencher diversos questionários, incluindo um sobre a frequência com que tinham sonhos ruins e pesadelos (quando os sonhos ruins fazem o indivíduo acordar durante a noite).

Nenhum dos participantes tinha diagnóstico de demência quando o estudo começou. O grupo mais novo foi monitorado durante uma média de nove anos e o mais velho, cinco. Então, o pesquisador analisou os dados obtidos no começo da pesquisa para entender se os pacientes com mais pesadelos tinham maior probabilidade de ter um declínio cognitivo, que levaria a um diagnóstico de demência.

Quem tem mais pesadelos, tem mais chance de ter demência
Pesquisador explicou relação entre sonhos e demência

De acordo com o pesquisador, os resultados sugerem que pesadelos frequentes podem ser um dos sinais precoces de demência (especialmente em homens). Ele ainda apresenta duas alternativas:

A primeira é de que, ter os sonhos ruins por si só, pode ser um causador da demência (ao invés de um mero sintoma precoce). Outra teoria é de que sintomas do Alzheimer e do Parkinson, duas doenças causadas pelo declínio cognitivo, podem causar os pesadelos por causa de alterações no cérebro ligadas a elas, algo que ainda precisa ser estudado. Otaiku esteve envolvido em um estudo similar sobre o Parkinson.


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